Sentada nas pedras
Todos os dias quando faço as preces mentais eu peço para deus e Jesus me auxiliar no alívio das minha dores e de todos os irmãos e pais que neste momento sofrem pela partida de um irmão e ente querido.
Eu peço pra mim e pra todos que estão na mesma situação.
Ontem quando abri o jornal vi o caso de uma mãe simples que seu filho mergulhou no mar e desapareceu. Acharam o corpo dele, falecido já. A mãe está dormindo nas pedras do mar todos os dias, dizendo que está esperando seu filho voltar do mar. Ela aguarda seus cabelos loiros emergirem das águas.
Sentada nas pedras em posição curvada aguarda com amor e saudade.
A dor não é do rico e nem do pobre. Não pertence a um ou outro povo. A um ou outro credo. Ninguém tem privilégios ou carta branca para não senti-la. Mas ela dói, rasga por dentro, transforma o homem. Deus foi tão justo que fez quem está no trono ou nas ruas sentir as mesmas dores. Hoje quando passo na rua enxergo um conglomerado de irmãos humanos frágeis e que podem se desenlaçar a qualquer instante e que a qualquer momento uma tempestade pode levar tudo aquilo que ele achou que era eterno e todo amargor pode amargar tudo aquilo que ele achava que sempre seria doce.
Pai José
