Um despertar
por Graça Costa (Yacyamara)
Quem já viveu o que eu vivi ou já viu o que eu vi,
não tem o direito de duvidar da assistência espiritual que possui.
E quantos quadros me foram mostrados...
Quantas lembranças foram despertadas...
Quantas verdades, silenciosamente, foram ouvidas.
Quem já possui a mais ínfima consciência de si mesmo
e não desconhece que o entrelaçamento fluídico
depende de fatores vários,
podendo levar anos para se consolidar de forma eficiente,
não pode ousar duvidar
ou esperar algo, além daquilo que a sua parca capacidade alcança.
Quem já trilhou os caminhos da aceitação de si mesmo,
sem se importar com o quão pequeno ou limitado possa ser,
ou estar...
aprendendo a fazer a sua parte,
ainda que o seu quinhão fosse o menor e o mais imperceptível,
não pode se deixar levar por devaneios, ou nada aprendeu.
Quem encontrou seu Mestre,
que entendendo e aceitando suas fragilidades,
abriu a porta de seu Templo, de sua casa e de seu coração
e estendeu sua mão para curar suas feridas mais profundas,
não se furtando a guerrear junto,
ainda que essa guerra fosse só sua,
não pode abrigar nenhum outro sentimento que não seja,
o RESPEITO, a LEALDADE e a GRATIDÃO.
Que jamais me cegue, a ilusão!
E que a consciência do hoje,
vença as reminiscências mais profundas armazenadas em minh’alma.
Que eu não esqueça de quem sou hoje
e do árduo caminho que trilhei
para encontrar, finalmente, o que hoje encontrei.